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HISTÓRIA DA PARÓQUIA SENHOR BOM JESUS - BAIRRO DO CAXAMBU

A história da paróquia Senhor Bom Jesus se confunde com a história de nossa cidade de Jundiaí e com a chegada dos primeiros imigrantes italianos.

A região de Jundiaí era habitada por povos indígenas até o final do século 17. Eles se dedicavam à produção de milho e mandioca. Os primeiros colonizadores chegaram à região em 1615 (Rafael de Oliveira e Petronilha Rodrigues Antunes). Os novos colonizadores afugentaram os grupos indígenas, que se embrenharam na mata. No século 18, entre as atividades agrícolas, a cana-de-açúcar era o destaque, mas a produção era utilizada para a fabricação de aguardente.

A partir da segunda metade do século 19 a produção cafeeira ganhou força para o oeste e isso promoveu o crescimento da cidade. Junto com o café vieram a ferrovia e as indústrias. Os grandes produtores rurais passaram a buscar novos trabalhadores e teve início o amplo processo de imigração, com a participação direta do Governo Federal. Os primeiros foram os italianos (metade e final do século 19), que se instalaram preferencialmente na região da Colônia.

No caminho entre o Núcleo Colonial e a Vila de São João de Atibaia, havia cruzes e pequenas Capelas; havia uma antiga Capela dedicada ao Senhor Bom Jesus, originada no século XIX, propriedade de portugueses que moravam na região, era feita de taipa de pilão, com porta pintada em azul e tinha seis coqueiros na frente. Podemos supor que essa Capela é proveniente da cultura portuguesa e que foi mantida, ampliada e reformada pelos imigrantes italianos e seus descendentes até o dia de hoje.

Em 1904 ocorre o primeiro registro da Capela Senhor Bom Jesus. A Capela recebe um quadro com estampa de Santo Antônio, onde consta “Auferido por José Buizio de Capivary em 3 de maio de 1904. Capela do Senhor Bom Jesus. Caxambú – Jundiahy”.

Os padres que atendiam a região se hospedavam na casa do Sr. Mezzalira e também na da casa da Sra. Palmira Mezzalira Sibinel que tinha até um aposento especial para recebê-los.

Em janeiro de 1907 iniciou-se aulas de catecismo no Caxambu conforme registro no Livro tombo da Matriz Nossa Senhora do Desterro.

Entre julho e outubro de 1910 o Pe. Lúcio Xavier de Castro, vigário da Paróquia Nossa Senhora do Desterro, promoveu as Missões na cidade e nos bairros; durante o evento no Caxambu decidiu-se construir nova Capela, mais ampla, para atender o crescente numero de devotos; o local escolhido foi acima da original, em terras da antiga Fazenda Caxambu; a pedra fundamental é lançada em 21/08/1910.

Em 6 de agosto de 1911 ocorre a celebração da primeira Missa na Capela Senhor Bom Jesus do Caxambu, pelo Pe. Jesuíta Luiz Maria Rossi, além do Pe. Lúcio Xavier de Castro, vigário da Paróquia Nossa Senhora do Desterro, com as imagens novas do Bom Jesus, Nossa Senhora da Conceição e Santo Antônio. Essa é a data de criação da Capela.

Em 1914 são realizadas as Missões no Caxambu, Toca e outros bairros. E em 11/10/1914, o religioso Passionista, Pe. Ignácio faz a benção da pedra fundamental da nova Capela do Bairro da Toca em um terreno doado pela família Marquezin. Inicialmente a Capela é dedicada ao Senhor Bom Jesus, no entanto, como já havia a Capela do Caxambu, ela passa a ser dedicada a São Roque.

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Capela de São Roque (2012).

Em 10/02/1916 tem início o Apostolado da Oração no Caxambu.

No livro da Irmandade de Santo Antônio consta, na data de 7 de agosto de 1917, o registro mais antigo referente aos resultados da Festa do Padroeiro Senhor Bom Jesus.

Em 20/01/1918 ocorre a chegada da família Mingoti ao Bairro da Roseira e em 1921 é construída a primeira Capela de São Sebastião.

21/01/1923 é criada a Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Vila Arens), desmembrada da Paróquia de Jundiaí (Nossa Senhora do Desterro, então a cargo dos padres Passionistas), com a posse do novo vigário Pe. Vicente Hirschle, da Sociedade do Divino Salvador; a Capela do Caxambu passou a pertencer à nova paróquia.

No final de 1923, é realizada uma Romaria do Apostolado da Oração do Caxambu para a Matriz de Vila Arens.

Na década de 1930, a comunidade do Caxambu, autorizada pelo Bispo de São Paulo, Dom Gaspar, adota São Vicente Mártir como padroeiro dos viticultores. Em 1932, 1ª Festa religiosa em louvor a São Vicente; nesta festa já se vendia uvas.

Em 04/07/1935 o Sr. Francisco Silvério Molinari e Sra. Chatarina Faraone Molinari fazem doação à Mitra de São Paulo de área com 9.100 m2, desmembrada do Sítio Caxambu, área onde é hoje a nossa Igreja do Senhor Bom Jesus e anexos.

Em 22/01/1938 realiza-se grande procissão para entronização da nova imagem de São Vicente Mártir, feita por “Irmãos Romano”; Dom José Gaspar de Afonseca e Silva, bispo auxiliar, fez a benção da imagem do padroeiro da uva (São Vicente), de São José e Nossa Senhora do Rosário.

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Igreja Matriz – Procissão em Louvor a São Vicente Mártir - Década de 30.

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Igreja Matriz – Capela do Senhor Bom Jesus (1975)

Em 1946 é construída a segunda Capela de São Sebastião na Roseira. Na ocasião, o Ver. Pe. Ângelo Cremonte doou à Capela a grande imagem de São Sebastião que é ainda hoje venerada no local.

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Capela de São Sebastião (2018).

Em 07/09/1952 é criada a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, da Colônia, da qual passaram a fazer parte as Capelas do Caxambu, Toca, Roseira, Ivoturucaia e outras, administradas pela Congregação dos Missionários de São Carlos.

Em 13/08/1961, o Prefeito Dr. Omair Zomignani presenteia a Comunidade do Caxambu com uma placa pelos 50 anos de Fundação da Capela.

Em 07/11/1966 é criada a Diocese de Jundiaí, desmembrada da Arquidiocese de São Paulo.

Em 06/10/1968, ocorre a criação da Paróquia do Caxambu.

Em 1998, um terreno é doado pelo Sr. Ângelo Valle, no Jardim Vera Cruz, onde seria formada a Comunidade Vera Cruz.

Em 09/08/1998 ocorreu a consagração do atual Templo dedicado ao Senhor Bom Jesus, cerimônia presidida por Dom Roberto Pinarello de Almeida.

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Paróquia do Senhor Bom Jesus (2016).

Em 14/09/1999, lançamento da pedra fundamental da igreja no Jardim Vera Cruz, ocorrendo a primeira Missa em 14/09/1999 e a segunda Missa em 08/12/1999, oportunidade em que se elegeu como padroeira Nossa Senhora Imaculada Conceição.

Entre 23/02/2012 e 29/04/2012, ocorreram as Santas Missões Redentoristas que reanimaram nossa paróquia e juntamente com os paroquianos verificaram que havia necessidade da criação de uma nova comunidade no bairro da Roseira, dada a extensão do bairro e as distâncias entre os núcleos de fiéis, o que foi mapeado e chamado, inicialmente, de Roseira II.

No dia 05/05/2012 a primeira celebração posterior às missões aconteceu, presidida pelo Diácono Maury Antônio Pinto. Ao término dessa, por votação, escolheu-se a padroeira da comunidade: Nossa Senhora de Fátima, cuja imagem para as celebrações foi logo doada pela comunidade. Daí em diante, seguimos com as celebrações, realizadas, desde a primeira, em espaço gentilmente cedido pela família Scalli.

Cabe aqui nosso reconhecimento ao nosso diácono, pois dedicou muito do seu tempo para que a Comunidade Nossa Senhora de Fátima de fato se estabelecesse.

A primeira Missa celebrada na nova Comunidade ocorreu em 13/07/2012, presidida pelo nosso pároco Padre José Carlos da Silva e auxilio do Diácono Maury Antônio Pinto.

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Primeira Missa na Comunidade Nossa Senhora de Fátima (13/07/2012).

A partir de 18/02/2017 as Celebrações da Comunidade Nossa Senhora de Fátima passaram a ocorrer na capela da Família Fonte Basso.

No dia 14/09/2017, exatos 18 anos após a celebração da primeira Santa Missa no terreno da Capela de Nossa Senhora Imaculada Conceição, ocorreu a consagração do altar da Capela da Comunidade. Com mais de 260 fiéis a Santa Missa foi celebrada pelo Bispo Diocesano Dom Vicente Costa na qual foram lembrados alguns fatos de superação em que os paroquianos contribuíram para a construção da Capela.

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Missa e consagração do altar da Capela de Nossa Senhora Imaculada Conceição (14/09/2017).

Atualmente toda nossa paróquia é agradecida a todos os fiéis leigos, Padres e Diáconos que aqui dedicaram e ainda dedicam parte de sua vida.

As pastorais e movimentos de nossa paróquia é fruto do trabalho e dedicação de muitos cristãos em tantas atividades necessárias, que vão desde a visita e ajuda aos doentes, idosos, passando pelo trabalho junto as famílias e indo até a realização de nossas tradicionais festas.

Graças a Deus podemos praticar nas comunidades de nossa paróquia o Mandamento que Jesus nos deixou “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15, 12-13).

Deus seja louvado!


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