Publicado em: 18/03/2018 - 19:34
“Ele enxugará toda lágrima de seus olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais. Sim! As coisas antigas se foram!” (Ap 21, 4)
Desde o Domingo de Páscoa até Pentecostes nós vivemos o Tempo Pascal. O nome PÁSCOA (a maior de todas as festas cristãs) vem do grego pascha ou do hebraico pesah, ligado ao verbo pasah que significa “passar”, “saltar”, “poupar”.
A Páscoa, para o pensamento judaico e cristão, é o penhor de todas as libertações efetuadas por Deus a favor de seu povo. A narrativa bíblica sobre a Páscoa se inicia no livro do Êxodo, êxodos, que significa “caminho de saída”, a peregrinação que levou os hebreus do Egito à terra prometida pelo deserto, em diversas etapas. É um acontecimento maravilhoso, também relatado em Números e Deuteronômio.
Esse evento comporta reflexões mais amplas por três importantes momentos da história da humanidade: a) a libertação de Israel que nos lembra o mundo tirado do caos pela Criação; b) a fé e a obediência de Abraão, que oferece em sacrifício seu filho único Isaac, que é salvo por um cordeiro em lugar de sua vida; c) o anúncio de um Messias esperado pelo povo como o libertador, e pelos salmistas e profetas como rei, sacerdote ou servo.
Jesus, o Messias anunciado, chega para cumprir inteiramente a Páscoa conforme a lei judaica. Mas tendo sido gerado e enviado a uma missão para salvar toda a humanidade segundo a lei do Amor do Pai, Ele mesmo - JESUS - a torna perfeita e declara: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21, 5).
A PÁSCOA CRISTÃ se torna atual em todos os dias e em todos os lugares quando o Corpo e o Sangue da nova vítima, a Vítima Pascal, é oferecido em nosso resgate. Trata-se aqui da nova refeição em que imolamos o Novo Cordeiro. Celebramos Cristo Crucificado na Sexta-Feira Santa, mas ressuscitado na madrugada do Domingo, que recebe, por isso, o nome novo de DIA DO SENHOR, dies domini.
Nós, cristãos, lembramos e celebramos a Páscoa da ressurreição de Jesus, unindo-nos a Ele na Eucaristia, não contaminados com o velho fermento da má conduta, mas abastecidos com os ázimos da pureza e da verdade.
E assim, “se alguém está em Cristo, é nova criatura. Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez realidade nova” (2Cor 5, 17).
Viva Cristo Ressuscitado! Verdadeiramente Ressuscitado! Aleluia!