Publicado em: 12/08/2018 - 20:22
“O Senhor Jesus, com efeito, em quem estavam escondidos os tesouros da sabedoria e da ciência, por Sua divina misericórdia desceu entre nós, a fim de abrir o que estava fechado, descobrir o que estava escondido, revelar o que estava oculto”.
Essa é a excelsa e personalíssima missão que o Pai atribui ao Senhor Jesus, conforme escreve Sto. Ambrósio, bispo, nos Comentários ao Salmo 118.
Como nosso Padroeiro e, portanto, bem próximo de nós, pode ser que Ele mesmo deseje saber quanto O conhecemos (cf. Lc 9, 20). E assim, diante de Sua histórica imagem e mediante os Evangelhos, meditemos acerca de Sua identidade, a partir de Seu Santo Nome PARA QUE BEM SAIBAMOS QUEM ELE É.
Ele é o VERBO.
Na eternidade, sendo a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, Ele é a Palavra criadora e enviada à terra para revelar aos homens os desígnios do Pai e cumprir Seu plano de salvação (Jo 1, 1-5).
Ele é o FILHO DO ALTÍSSIMO.
Assim apresentado pelo anjo a Maria, vem para que seja Rei (Lc 1, 26-38) e para que também sejamos filhos de Deus (Rm 8, 29).
Ele é JESUS.
Nome que recebe do Pai pois que, encarnando e nascendo de uma mulher, neste mundo deverá cumprir a Lei dos homens (Gl 4,4).
Ele é o FILHO AMADO DO PAI
Como tal nos é apresentado quando de Seu Batismo (Mt 7, 13- 17) e na Transfiguração (Mt 17, 5), o Filho modelo perfeito de obediência que nos ensina como devemos ouvir e amar ao Seu Pai que também é nosso Pai.
Ele é o FILHO DO HOMEM.
Como Jesus apreciava se identificar, essa expressão se encontra por setenta vezes nos Evangelhos. Ele é aqui, sendo Deus, um verdadeiro homem em tudo semelhante aos homens, exceto no pecado. Deste modo, veio para cumprir em tudo a Sua missão: viver, sofrer, morrer e ressuscitar como homem em favor de TODOS OS HOMENS.
Ele é o CORDEIRO.
Em alusão ao cordeiro sacrificado na Páscoa, cujo sangue preservou e pelo qual os hebreus foram libertos da escravidão no Egito, Jesus é o novo Cordeiro Pascal que deve ser sacrificado para tirar o pecado do mundo. (Jo 1, 29). Assim, Ele assume e paga com Sua própria vida, todas as nossas culpas libertando-nos do Maligno que nos escraviza.
Ele é o SERVO.
Tendo vindo à terra para cumprir a vontade do Pai, manifestava-se desde o início “como aquele que serve” (Lc 22, 27), inclusive sabendo que nessa qualidade de Servo deverá dar – sobretudo – a Sua vida pela Salvação de todos.
De fato, o Servo vem para que compreendamos o mistério de Sua morte como algo que nos diz respeito, eis que planejada pelo Pai a partir do pecado original que a todos contamina para que, mediante o sacrifício supremo de Seu Filho, todos possamos nos salvar.
O Servo sofredor foi anunciado pelos profetas, mas especialmente Isaías no-Lo apresenta de modo substancial nos três “Cantos” encontrados em seu Livro, capítulos 42; 49; 52, 13- 53.
Tudo o que ali está contido, mais as referências dos quatro evangelistas (Mt 26- 27, 1-50; Mc 14- 15, 1-39; Lc 22- 23, 1-46; Jo 18- 19, 1-30) mostram-nos em detalhes, todos os tormentos aos quais Jesus foi submetido, e aqui, entre nós, representados, ainda que pálidamente, na Sua histórica e querida imagem.
Ele é JESUS CRISTO
O Mestre que a todos ensinava, o Jesus de Nazaré que não foi bem re cebido em sua cidade, é também reconhecido por muitos outros títulos, conforme escreve São Gregório de Nissa, bispo, em seu Tratado sobre a verdadeira imagem do cristão – O cristão, outro Cristo. Portanto, assim podemos invocá-Lo, devendo saber que, sobretudo, é a Seu Nome que nos apresentamos.
É dEle O NOME ACIMA DE TODOS OS NOMES
Pelo precioso texto que se encontra em sua Carta aos Filipenses 2, 5-11 e que merece leitura atenta e devota, Paulo nos exorta a louvá-Lo pelo Nome que está acima de todos os nomes e é por essa razão que, ao pronunciarmos tão elevado NOME devemos nos curvar, ajoelhar e confessar que JESUS É O SENHOR.
Esta é nossa profissão de fé, essencial para o testemunho do verdadeiro cristão, daquele que almeja se tornar, finalmente, pela graça de Deus, UM OUTRO CRISTO.
Que nosso Padroeiro, o SENHOR BOM JESUS, nos abençoe e nos ensine, como Seus discípulos fiéis, atentos e aplicados, a fazermos entre nós, como Ele sempre o fez.
Seja NOSSO SENHOR BOM JESUS sempre louvado!