Publicado em: 13/04/2019 - 17:48
Fonte: https://cleofas.com.br/bendito-o-que-vem-em-nome-do-senhor/
“Exulta muito, filha de Sião! Grita de alegria, filha de Jerusalém! Eis que o teu rei vem a ti: ele é justo e vitorioso, humilde montado sobre um jumento...” (Zc 9, 9)
No próximo dia 14 de abril, 6º domingo da Quaresma, chamado de RAMOS, celebra-se igualmente a PAIXÃO DE JESUS.
Que relação guardam estes dois acontecimentos? O que são RAMOS? De que trata a PAIXÃO?
Observando a sequência história desses acontecimentos à luz do que escrevem Mt 21, 1-9; Mc 11, 1-10; Lc 19. 28-38; e Jo 12, 12- 19, comecemos refletindo sobre RAMOS.
Essa denominação que se dá, em virtude do uso de ramos de árvores e arbustos como forma de saudação e homenagem a alguém importante, poderoso e especialmente querido, remete-nos à entrada messiânica de Jesus em Jerusalém, da qual, aproximando-se, Ele já sabia ser o local onde a missão que o Pai Lhe confiou seria inteiramente cumprida.
Assim, adentrando à cidade, Jesus é saudado pelo povo que, ao recebe-Lo efusivamente com ramos, O reconhece como Rei de Israel desejando-Lhe “vida e vitória” ao mesmo em que essa multidão numerosa, aos gritos de “Hosana!”, também O reconhece como Salvador, pois que essa palavra hebraica significa “Salva-nos, por favor!”
Mas, para que Sua missão se cumpra inteiramente logo mais, Jesus sabe também que deverá sofrer e morrer, razão pela qual pede ajuda a seus discípulos, preparando-os a partir de Sua entrada para que possam entender, futuramente, os acontecimentos de Sua PAIXÃO. Então, aqui teremos o conjunto de padecimentos e episódios que culminarão na sequência do Triduo Pascal.
Tanto um como outro desses acontecimentos já fora predito muito antes pelos profetas: Zacarias como acima transcrito e Isaías nos três cantos do Servo: Is 42, 1-9; Is 49, 1-7; e Is 50, 4-11, passagens que muito vale conferirmos.
O que tem a ver conosco estes fatos e como os celebraremos?
Tal como fez com Seus discípulos, por eles Jesus está nos preparando para que caminhemos conscientes, contritos e devidamente no curso da Semana Santa que logo mais irá se desenrolar, a partir da quinta-feira, quando celebraremos a instituição da EUCARISTIA, alimento de nossa vida, sustento em nossa caminhada, vitória contra o pecado e a morte que nos assolam, centro em torno do qual o Seu Reino acontece e do qual participamos com Jesus Cristo, real, efetiva e eternamente presente.
Enquanto aqui temos o SACRAMENTO, no qual adoramos Jesus, os ramos que nesta celebração serão abençoados e com os quais iremos saudá-lo como nosso Rei e Salvador, são o testemunho, um dos modos pelos quais, fundamentados nas três virtudes teologais, proclamamos a FÉ EM Jesus Cristo, Deus e Homem, Filho do Altíssimo e nosso Salvador, a ESPERANÇA na Vida Eterna que nos garante por Sua Ressurreição e a CARIDADE que nos unem como irmãos, filhos do mesmo Pai e marcados pela força do Espírito Santo como membros de Sua Igreja.
Retornando a nossas casas, que eles sejam colocados à frente, não com um sentido “mágico”, como meio de afastar desgraças ou obter benefícios mas tão somente para que os passantes nos identifiquem como CRISTÃOS.
Que Deus nos ajude nesse sentido.
Demos graças e louvemos ao Pai por esta Sua misericórdia para conosco.
E cantemos exultantes porque por isso nos salva!