Publicado em: 11/04/2020 - 05:00
Fonte: https://cleofas.com.br/tudo-sobre-a-semana-santa-e-seus-simbolos/
Considerando o momento atual, de distanciamento social, no qual não podemos estar presentes nas Santas Missas, trazemos algumas informações sobre a Semana Santa, de modo que, em nossas casas, possamos celebrar esse período com maior consciência.
Semana Santa
A Semana Santa se inicia com o Domingo de Ramos e termina no Domingo da Páscoa. É a semana mais importante do ano litúrgico, quando a Igreja Católica celebra a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus Cristo, o Salvador, conforme nos ensina a Igreja.
Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, aclamado pelos judeus, que cobriram os caminhos para a passagem de Jesus, com ramos de oliveiras e palmeiras. A celebração, geralmente, começa fora da igreja, com a bênção dos ramos, a leitura do Evangelho, breve homilia e a procissão. Louvando e portando ramos, nós aclamamos Jesus como Rei e Senhor. Em seguida, a Missa acontece dentro da igreja.
2ª a 4ª Feiras Santas
Nestes dias a Liturgia apresenta textos bíblicos que focam a missão do Cristo redentor: a segunda-feira lembra que Maria (irmã de Marta e Lázaro) ungiu os pés de Jesus, a terça-feira e quarta-feira recordam a traição de Judas Iscariotes.
Bênção dos Santos Óleos
Na quarta-feira (ou na manhã da quinta-feira) o Bispo reúne o Clero para a Missa do Crisma, onde é feita a Bênção dos Santos Óleos Litúrgicos, que são: Óleo do Crisma (revela que o cristão deve irradiar “o bom perfume de Cristo”, usado nos sacramentos da Confirmação e Sacerdócio), Óleo dos Catecúmenos (significa a força de Deus que liberta do mal, usado no sacramento do Batismo) e Óleo dos Enfermos (significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença e da dor, usado no sacramento dos Enfermos).
TRÍDUO PASCAL
O ponto alto da Semana Santa é o Tríduo Pascal, que se inicia com a Missa vespertina da Quinta-feira Santa e se conclui com a Vigília Pascal do Sábado Santo. Os três dias formam uma só celebração, que resume todo o mistério pascal.
Quinta-feira Santa
Na Quinta-feira da Semana Santa, à noite, celebramos a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Na Missa durante o Glória todos os sinos da igreja devem dobrar, só voltam a ser tocados na Vigília Pascal. As leituras do Antigo Testamento falam do cordeiro, o Evangelho traz a narrativa do lava-pés, com a instituição da Eucaristia e o Novo Mandamento que Jesus deixou: “vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei”. No Lava-pés o sacerdote repete o gesto de humildade, serviço e amor que fez Jesus. Comungar o corpo e sangue de Cristo na Eucaristia implica a vivência do amor fraterno e do serviço. Essa é a lição da celebração, onde a caridade é ensinada e recomendada por Jesus Cristo. A Missa termina sem a bênção final, com a procissão do translado do Santíssimo, do altar-mor da igreja para uma capela. Todos os altares da igreja ficam desnudos, exceto onde tem início a Vigília ao Santíssimo Sacramento.
Sexta-feira Santa
Na Sexta-feira Santa (ou “Sexta-feira maior”) a Igreja pede jejum e abstinência de carne, sem excessos de barulhos, em clima de recolhimento e profundo respeito ao mistério do maior amor de Jesus na cruz. Lá, morto, deixou seu coração partir. Do coração partido, nascem os Sacramentos da Igreja. Neste dia não há Missa, à tarde acontece a Celebração da Paixão e Morte de Jesus, normalmente às 15h, a hora em que Jesus martirizado foi morto. As imagens dos santos e crucifixos são cobertas. O presidente da celebração prostra-se por terra, em silêncio. Segue uma oração. Depois, começa a Liturgia da Palavra com texto do profeta Isaías sobre o Servo Sofredor, figura de Cristo, outro da Carta aos Hebreus que ressalta a fidelidade de Jesus ao projeto do Pai e o relato da paixão e morte de Cristo do evangelista João. O momento da Oração Universal compreende diversas preces pela Igreja e pela humanidade. Segue-se a solene Adoração da Cruz, sinal de salvação para todos. O último momento é a Comunhão Eucarística, podemos receber o corpo e sangue de Cristo que morreu, mas ressuscitou. A celebração termina em silêncio, que devemos guardar até a Vigília Pascal.
Sábado Santo
Durante o dia, no Sábado, não há Missa, batizado, casamento, nenhuma celebração. À noite temos a Vigília Pascal, “mãe de todas as santas vigílias”, porque a Igreja vigia à espera da vitória do Senhor sobre a morte. A Liturgia é muito bonita e rica: a benção do fogo novo e do círio pascal (a luz que afugenta todas as trevas é Jesus ressuscitado; com o fogo novo acende-se os cinco grãos de incenso do Círio, que lembram as chagas de Jesus e as letras “alfa” e “ômega”, primeira e última letra do alfabeto grego, que significa o princípio e o fim de todas as coisas); a proclamação da Páscoa (canto de júbilo que anuncia a Ressurreição do Senhor); a Liturgia da Palavra (uma série de leituras sobre a história da Salvação); a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a Liturgia Eucarística.
Domingo de Páscoa
Páscoa é a celebração do dia em que Jesus ressuscitou e encheu a humanidade de alegria da vida eterna. O Domingo de Páscoa não acontece nem antes de 22 de março, nem depois de 25 de abril. A palavra Páscoa vem do hebreu Peseach e significa “passagem”. Era comemorada pelos judeus do antigo testamento, lembrando que ao deixarem o Egito onde viviam como escravos, atravessaram o mar Vermelho, com duas paredes de água, uma de cada lado de um corredor enxuto. Jesus foi condenado à morte na cruz e sepultado, no terceiro dia ressuscitou, num domingo. A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã, prova que a morte não é o fim e que Ele é, verdadeiramente, o Filho de Deus. O temor dos discípulos em razão da morte de Jesus transformou-se em esperança e júbilo. A partir deste fato eles adquirem força para anunciar a mensagem do Senhor, missão que também cabe a nós hoje.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
PASCOM – PSBJ !
paroquiacaxambu.com.br
pascom@paroquiacaxambu.com.br